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Diagnótico e Transtorno do Espectro Autista

 Por Renata Endres

            A avaliação em TEA é um desafio que traz muitos questionamentos tanto para profissionais, quanto para as famílias que necessitam passar por esse processo.

            Em primeiro lugar, muitas pessoas questionam a atribuição do diagnóstico nosológico. É necessário? para que e para quem? quem fecha o diagnóstico? meu filho vai ficar estigmatizado, rotulado? Essas perguntas são pertinentes e merecem a devida atenção. São muitas as visões e opiniões sobre esse assunto, mas existe algo que não podemos perder de vista e que deve encontrar um denominador comum entre todos implicados nesse processo: o estímulo do desenvolvimento das potencialidades da criança para uma melhor qualidade de vida.

            Quando uma família procura um profissional para compreender o que está acontecendo com seu filho, por que ele ainda não fala, por que ele não brinca e nem gosta de brincar com outras crianças, ela está indo atrás de uma explicação que faça sentido com o que está observando no seu dia a dia. “Afinal, o que o meu filho tem?”.

            Por isso, é papel do profissional responder a estas indagações, se ele possuir essas respostas. E é direito da família saber o que está acontecendo com seu filho. O diagnóstico, portanto não é uma sentença, mas sim, uma direção para onde e de que forma poderemos ajudar os pais, cuidadores e, principalmente a criança, a compreender os comportamentos característicos do transtorno e a desenvolver habilidades necessárias para sua independência.

            Como profissionais, quando desvelamos o diagnóstico para a família, abrimos um leque de possibilidades de estímulos e intervenções que poderão lançar mão. Mas mais do que isso, formamos uma parceria com um objetivo em comum: o desenvolvimento da criança.

            Para os familiares, a criança será aquela que sempre foi, mas agora com a possibilidade de desenvolvimento de suas potencialidades e o enfrentamento de novos desafios. Com maior conhecimento e mais respostas para as suas dúvidas,  é possível que essas famílias busquem os tratamentos adequados, o que poderiam não ter acesso se continuassem na escuridão do desconhecimento.


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