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Musicoterapia e Transtorno do Espectro Autista

 

            A musicoterapia é a utilização de experiências musicais e das relações desenvolvidas através delas, para alcançar objetivos terapêuticos não-musicais, principalmente relacionados à comunicação e à interação. Por isso, uma das mais difundidas aplicações dessa terapia é com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), cujas maiores dificuldades envolvem a interação social e a comunicação.

            Intervenções de musicoterapia podem ajudar as pessoas com TEA a melhorar suas habilidades na interação social, na comunicação verbal e não-verbal, na iniciativa e na adaptação social, nos aspectos sensoriais e nas funções cognitivas. De fato, a interação através da música providencia uma estrutura segura e previsível, onde crianças ou adultos com TEA podem experimentar trocas interpessoais significativas, além de treinar habilidades como a flexibilidade, a tolerância, a iniciativa, o envolvimento social e a atenção.

            Também, a musicoterapia mostrou-se eficaz em reduzir as estereotipias vocais e os problemas comportamentais de crianças com TEA, em promover uma melhor qualidade das interações mãe/pai-criança e em favorecer o reconhecimento das emoções. Ainda, com adolescentes e jovens adultos com TEA, a musicoterapia resultou no aumento da autoestima, na redução da ansiedade e em comportamentos mais positivos com os pares.

            Por isso, a musicoterapia com pessoas com TEA mostrou-se uma das terapias mais difundidas e mais preferidas pelas crianças e pelos pais, sendo capaz de promover uma melhor adaptação da pessoa ao contexto familiar, escolar e profissional, e aumentar a sua qualidade de vida.

            A Bitácora oferece um atendimento interdisciplinar, contando com a musicoterapia como recurso de expressão, interação e estimulação para pessoas de todas as idades, em sessões individuais ou em grupo. Em particular, através de atividades de improvisação e produção musical com pessoas com TEA, a musicoterapia objetiva: favorecer a expressão, a comunicação, a interação social e a iniciativa, bem como estimular várias funções neuropsicológicas que também poderiam estar prejudicadas, como a atenção, a memória e as funções executivas.

 

Ambra Palazzi: musicoterapeuta, ama cantar e utilizar a música como recurso de expressão, interação e estimulação com pessoas de todas as idades, desde bebês até a terceira idade.

 

 

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